Roteiro para curtir o melhor de Edimburgo

Hoje vou falar de uma cidade que encanta. Com suas construções medievais, castelos e som de gaita por qualquer lugar que você vá, Edimburgo, das cidades que já visitei, é uma das que mais faz o turista voltar ao passado.


A cidade e dividida em New Town e Old Town. Eu quase não conheci a New Town, que é a parte mais moderna e nova da cidade…não muito para turistas. Fiquei mais tempo me perdendo e me achando pela Old Town.

A atração mais famosa da cidade é o Edimburgo Castle e vale muito a visita. O castelo fica no alto de um morro e de qualquer lugar da cidade você consegue vê-lo e, lá de dentro, é possível ver também quase Edimburgo inteira de cima. Uma linda visão da cidade. O castelo foi fortaleza real e residência. Lá dentro tem igreja, prisão, palácio, museu…tudo! Foi o centro da vida escocesa por 9 séculos.


A construção mais antiga do castelo é a St. Margaret’s Chapel, do século 12. E é legal visitar também o quarto onde o rei James VI nasceu e as joias da coroa.

Mas, para mim, a melhor parte do passeio, é parar em um dos seus muitos miradouros e admirar a cidade.


Como o Castelo é a principal atração turística da cidade, sempre está muito cheio. Então, se você conseguir chegar bem cedinho e pegar o primeiro horário de visitação, o passeio será mais tranquilo.

O Castelo fica aberto das 9h30 ás 18h, de abril a setembro, e das 9h30 às 17h nos demais meses. É um passeio meio carinho, 15 libras.

A rua mais conhecida de Edimburgo é a Royal Mile, onde tem casas histórias e muito antigas que foram transformadas em restaurantes, pubs, museus e lojas de souvenir.

Entre os pontos mais conhecidos da Royal Mile estão: a Catedral de St. Giles, uma das principais igrejas da Escócia e foi contraída em 1.120. Não precisa pagar nada para visitá-la. No fundo da Catedral, está o Parlamento, que fica em um prédio muito antigo, do século 17.

The Writer’s Museum também fica na região. Como o nome já fala, é o museu dos escritores escoceses, que traz em seu acervo a história do país através das obras dos principais nomes de escritores da Escócia. A entrada desse museu é gratuita.


Nessa rua fica ainda a John knox’s House, a casa onde teria morado John Knox. Para quem não sabe (como eu não sabia), John Knox foi o líder da reforma protestante da Escócia na metade do século 16. Mesmo existindo controvérsias se foi lá mesmo que John Knox morou (tem gente que fala que não), a visita a essa casa, traz muito da história do país e da luta protestante. Para entrar na casa é preciso pagar.

Outra casa importante da Royal Mile é a Gradstone’s Land. A casa é um bom exemplo de como eram as residências do século 16. La está uma casa montada, com móveis e divisões, assim como era na época. Para visitá-la o ingresso é 5 euros.

Museum of Childhood (Museu da Infância) também fica nessa rua. Lá tem brinquedos e jogos de diferentes gerações. Ele não é muito grande e eu achei que seria mais legal. Mas se você estiver com o tempo sobrando, vale passar por lá. Não paga nada para a visita.

The People’s Story é outro museu que tem na Royal Mile. Ele conta a história do povo da Escócia, desde o século 18 até atualmente.

Na rua também tem uma estátua de David Hume, um filósofo e historiador escocês de 1.711. Falam que quem passar pela estátua e relar no seu pé direito terá sorte. O dedão de David Hume está até desbotado… hahaha… não custa nada relar, né?!

No final da Royal Mile fica o Palace of Holyroodhouse, a residência oficial da Rainha Elisabeth na Escócia. Ele foi construído no século 17 e, além do seu interior (que é o interior de um verdadeiro palácio ainda usado pela rainha), o maior atrativo do local e o fato de ter hospedado a rainha Mary e de seu secretário ter sido assassinado lá.

Vale falar que quando a rainha Elisabeth está no palácio, ele fica fechado para visitas.

Para entrar no palácio o ingresso é 10,50 libras.

Para quem gosta do Filme O Código da Vinci, tem que visitar a Rosslyn Chapel. Lá foi gravada cenas do filme. A igreja medieval não fica no centro, é preciso pegar um ônibus para chegar até ela. O ingresso para visitar a igreja é 9 libras.

Edimburgo tem bastante museus também. E lá está o museu mais legal que visitei até hoje, o National Museum of Scotland. Eu tenho vontade de voltar a cidade por vários motivos e um deles é por é para visita-lo outra vez. Se você gosta de museu, pode reservar um dia para ele. E se você não gosta, desse você vai gostar. Ele é muito grande e muito interativo. Até as crianças vão amar ele. Ele traz a história da Escócia, desde a pré-história até atualmente, tem áreas dedicadas à astronomia, aos animais, a tecnologia, a moda!! Tudo! De forma interessante e divertida. E lá fica a ovelha Dolly empalhada. Para quem não lembra, Dolly foi o primeiro animal clonado e tudo aconteceu na Escócia. Esse museu é muito legal e vale a visita. A entrada é de graça.

Museu do Whisky também é muito visitado em Edimburgo. Como muitos sabem a bebida é típica do país, então não podia faltar um museu especial para ela. O museu conta a história do Whisky, com um tour interativo e degustação. A entrada custa 13 libras.

Para quem gosta de arte, outros museus famosos da cidade são o The Scottish National Gallery of Modern Art e o National Gallery of Scotland. O primeiro conta com arte do século 20 e obras de nomes conhecidos como Picasso e Matisse. E o segundo (que eu gostei muito) apresenta peças de Van Gogh, Monet, Goya, El Greco e de anônimos artistas locais. Os dois são gratuitos.

O National Gallery of Scotland fica no The Mound, área onde está também o Royal Scottish Academy e o Museum on the Mound, outros importantes museus da cidade.

E a cidade também tem seu parque. O Princess Street Garden fica perto do The Mound e é muito bonito.

O parque é dividido em duas partes pela região da The Mound e fica no meio da cidade. Lá dentro, além de você poder apreciar uma bela visão, de baixo para cima, do Castelo de Edimburgo, que fica em cima do Castle Rock, você também pode curtir outras “atrações” interessantes. Entre elas estão o Floral Clock, relógio, feito de flores, mais antigo do mundo. Ele funciona de verdade na primavera e no verão (como eu fui no outono ele não estava funcionando). Também podemos ver o América Wall Memorial, que homenageia os soldados americanos que ajudaram a Escócia na Primeira Guerra Mundial; o Falklands Memorial Gardens, com a homenagem aos escoceses que morreram na Guerra das Malvinas; a Ross Fountain, uma fonte dourada que forma uma bonita fotografia com o Castelo ao fundo; as igrejas St Cuthbert’s Church e St John’s Church; e o Castle Terrace, um lugar ótimo para tirar foto ou só apreciar o castelo.

Como falei ali em cima o parque é dividido em dois pela The Mound e também por uma pequena rua que liga a New Town a Old Town. Nessa outra parte do parque, você pode visitar o Scott Monument que homenageia o escritor escocês Sir Walter Scott. Você pode subir ao topo do monumento e ver esse lado da cidade de cima. A entrada é paga. Nesse lado do Princess Street Garden, não tem mais muito o que visitar, além do monumento, e aproveitar o parque e a paisagem da cidade.


Em Edimburgo visitei ainda o Greyfriars Kirkyard, um cemitério conhecido por ter histórias interessantes que aconteceram por lá. A mais famosa é a de John Gray e seu cachorro Bobby, que ocorreu no século 19. Quando John morreu, ele foi enterrado no Greyfriars Kirkyard e Bobby foi ao cemitério guardar o túmulo de seu dono, por 14 anos, até que também morreu. Pela sua lealdade, Bobby foi enterrado no cemitério.

Outra história legal que contam por lá é sobre uma escola que tem na frente do cemitério. Falam que ela era uma escola muito cara e só os filhos dos ricos estudavam lá. Os mais pobres, para explicar aos seus filhos por que eles também não frequentavam essa escola, diziam a eles que era um colégio para bruxos. Algumas pessoas falam que J.k. Rowling, a escritora de Harry Potter, se inspirou nessa história para escrever sobre Hogwarts. Ela morou em Edimburgo, então pode ser né?!


Voltando um pouco sobre o cachorro Bobby. Ele era muito querido pela cidade que ganhou até uma estátua, que fica perto do cemitério. A estátua foi feita logo após que Bobby morreu, em 1972, e é um lugar que todo mundo para e fotografa. Fofa a história né?!

Outro passeio de fiz em Edimburgo foi o Walk Tour de Terror, que contam histórias sombrias que dizem ter ocorrido na cidade. Não sei porque esse tipo de tour ficou tão conhecido por lá. Acredito que, assim como qualquer cidade muito antiga, em Edimburgo aconteceu muita coisa triste e assustadora no passado, e de tanto uma pessoa contar para outra, essas histórias se tornaram contos de terror. Edimburgo soube aproveitar isso e transformou esses acontecimentos em tours para assustar e chamar a atenção dos turistas.

Eu preciso confessar que eu fiz um, mas passei tanto frio no passeio (estava muito frio quando fui), que não consegui prestar muita atenção nas histórias e não lembro se eram assustadoras de verdade, Rsrs.

Isso é tudo que indico em Edimburgo. Fique dois dias e meio na cidade e foi mais que suficiente para fazer tudo que tinha vontade. Edimburgo é linda! Tenho muita vontade de voltar e também de conhecer o interior da Escócia.

Texto e fotos by Flávia Pigozzi.

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