10 bons motivos para você se manter longe do Louvre

Você já viu o Museu do Louvre em diversos filmes, documentários, revistas, jornais e, se bobear, até nos seus próprios sonhos, não é mesmo??? mesmo para os que não são nem um pouco fãs dos museus ou que sequer curtem artes ou história, acabam colocando o museu na sua lista de destinos a conhecer na primeira oportunidade… mas e aí? será que o Louvre é tudo isso mesmo? será que vale sair do conforto do seu sofá para enfrentar esse passeio lá no velho continente? enfim, para você que pensa seriamente em conhecer esse museu lá em Paris, algumas informações que farão você querer se manter bem longe de lá…


10 – O valor do ingresso – Pois é, em décimo lugar, no último lugar da nossa lista, mas não menos importante, temos o valor do ingresso… entrar no Louvre custa uma grana… na porta do museu, o valor do ingresso simples na mão das agências fica na casa dos 48 euros, o passeio guiado (com áudio) não sai por menos de 56 euros… numa conversão direta, com o euro convertido a quase 4 reais (valendo o valor de outubro de 2016) estamos falando de aproximadamente R$200,00… meio salgado, não??? sim, porque o brasileiro tem uma mania de pagar R$3,00 na entrada do Museu do Ipiranga, ou R$25,00 em alguma exposição da Pinacoteca aqui de SP e achar caro… se por aqui R$25,00 causam um rombo no orçamento, imagina R$200,00 lá no velho Mundo… ah, em tempo, você pode encontrar preços menores na internet (cerca de 18 euros), mas cheios de restrições e chatices para retirar lá em Paris…

Em tempo… o valor oficial do ingresso no próprio Louvre, e no seu site é de 15 Euros… por isso vale o planejamento tanto na hora de comprar o ingresso quanto o de selecionar o que quer se ver. Isso também ajuda a evitar filas…

9 – A compra do ingresso – ok, você decidiu encarar o valor cobrado, e acha que é só encostar no guichê, passar o cartãozinho de crédito e passear lá pelo museu… nada disso, cara pálida… a menos que você tenha feito sua lição de casa, e comprado o ingresso antecipadamente (muitas vezes ao mesmo tempo em que fecha a viagem), ou tope o valor cobrado pelas agências, seu passeio pelo Louvre pode atrasar um bocadinho… em alguns dias, a fila somente para a compra dos ingressos pode ultrapassar as 3 horas… isso pra você andar, andar, andar, andar, e andar mais um tanto depois lá por dentro… como anda o seu físico???

8 – Comer, beber, e correr para o banheiro – antes de você entrar no Louvre existe uma galeria comercial, com lojas, restaurantes, lanchonetes, e banheiros… se você não lembrou de preparar uma marmitinha básica para levar em seu passeio, dentro do museu não encontrará quitutes ou bebedouros… banheiros até existem, mas são super escondidos, e você pode ter o azar de encontrar seu banheiro junto com uma fila pouco amistosa…


7 – O que eu quero ver por aqui? – novamente, se você não fez sua lição de casa, deu uma investigada no que pode procurar por lá, o que vai querer ver, o que não pode perder, o que vale ou não ver, então andar por andar pelas galerias do museu podem parecer uma missão meio ingrata… lembre-se, são quase 18 km de caminhada… cerca de 35 mil obras… todas com cartõezinhos super detalhados e explicativos, mas sério que você espera percorrer todos os corredores lendo todas as descrições? Difícil!!!

6 – Calor pra dar e vender – ok, nós somos brasileiros, e por isso estamos acostumados a calores realmente quentes, mas circular por um ambiente fechado, lotado de gente, com a temperatura controlada nos 20 graus centígrados por causa das obras (você pode ver o termômetro nesta temperatura em várias das salas), pode ser meio cruel… some a isso aquela garrafa de refrigerante que agora está completamente choco na sua mochila… chega a ser melado, pra não dizer pegajoso…

5 – É pra tocar ou só ficar olhando – não adianta, o ser humano é um camarada que precisa colocar suas mãos em tudo o que vê… a obra pode estar distante, dentro de um vidro especial, envolvida em arame farpado, com alarme, raio laser, mas quando o cidadão decide que precisa passar a mão, na Mona Lisa por exemplo, ele vai tentar… e daí que está cheio de gente e seguranças? O negócio é deixar sua marca, sua digital, seu DNA na paradinha, entende??? Pois é, nem eu…

4 – Não saio daqui sem o meu selfie – bom, tocar não é o único problema… o camaradinha precisa tirar fotos com todas as obras do museu… e não é qualquer foto, não… é um belo selfie, com pose digna de revista… se você precisa registrar alguma imagem, seja rápido, ou pode ter sua foto invadida por um estranho a qualquer momento… ah, pinturas de gente morta? obras ligadas a tragédias? não interessa, a pose merece um sorrisão, bem no estilo do “olha eu por aqui”…

3 – Eu manjo tudo – esse é um problema mais localizado, mas que merece destaque na nossa lista de chatices, o camarada que manja de tudo e tem um comentário inteligente para tudo aquilo que vê… ué, mas mesmo com o fone enfiado no ouvido você conseguiu identificar esses chatos? pois é, mesmo seguindo com o áudio guia você encontra esses experts, que adoram se exibir em alto e bom som… são igualmente chatos, mas menos frequentes…

2 – Eu não manjo nada – tão chatos quanto os que manjam tudo, são aqueles que não sabem de nada… também procuram se destacar com comentários em alto e bom som, geralmente com tiradinhas sarcásticas (idiotas) a respeito daquilo que estão vendo… “nossa, todo esse mármore por aqui e eu precisando dar um trato na pia da minha cozinha”, “meu sobrinho pinta algo muito melhor que essa Mona Lisa”, “mas por que esse monte de rei e deuses por aqui?”… enfim, também não são frequentes, mas se você encontrar um deles, fuja o quanto antes…


1 – Lotação, lotação, lotação – não curte lugares lotados? prefere a tranquilidade de um café à beira da Champs Elysees? odeia muvuca, cotoveladas, esbarrões, trancos, sopapos e pontapés? Então, o Louvre, definitivamente, não é um lugar para você… imagina que no meio de dezenas de milhares de pessoas, a maior parte delas oriunda do continente asiático, sem muito tato com outros seres humanos, com seus celulares potentes, prontos para qualquer perrengue só para conseguir aquele selfie que prove eu realmente estive lá, esteja você… na boa, eu nunca tomei tanta porrada quanto quando tentei chegar perto da Mona Lisa… e não tem pedido de desculpas não, em qualquer idioma que seja, você vai tomar cotovelada, perder a foto, sair meio desbeiçado, mas não receberá nem uma balançadinha de cabeça, um tapinha nas costas, nadica de nada… isso sem contar o eterno medo dos batedores de carteira, porque até dentro do museu, pagando quase duzentos paus no ingresso você corre o risco de ter sua carteira levada por algum malandro… sério, se você não curte um aglomerado de gente cheio de amor para dar, fique longe do Louvre…

Bom, gente, esses são alguns dos motivos que podem espantar qualquer ser humano do Louvre de Paris… mas, apesar dos pesares, a visita vale muito a pena… dificilmente você encontrará um lugar com tanta história num mesmo lugar… em um certo momento da minha passada por lá, parei em uma sala com três quadros, um Monet, um Degas, e um Paul Cézanne, sabe quando eu poderia ficar frente a frente com esses três camaradinhas? provavelmente nunca!!! O conselho básico, que funciona de uma maneira geral para qualquer situação e lugar que você esteja visitando, mantenha seu coração aberto… nada pode estragar suas férias e seu passeio, mas existem situações, como as que eu listei aqui, que podem incomodar alguns… sim, eu me incomodei demais com algumas delas, mas existem outras situações que compensam qualquer item dessa lista… em breve prometo uma lista das dez melhores…

Mas e você, enfrentou algum desses problemas em sua visita ao Louvre? Tem alguma outra situação que te deixou assustado? Tem alguma dica ou informação especial? Então não deixe de compartilhar conosco…

Texto e fotos by Ricardo Seripierro.

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