As maravilhas gregas de Atenas

Hoje vou falar das maravilhas gregas de Atenas. A Grécia é belíssima, com o céu azul mais bonito que já vi até hoje! Eu fiz essa viagem em janeiro… e, como vocês podem imaginar, não é a melhor época para ir ao país, se a intenção for dar uma esticadinha para as conhecidas ilhas gregas. Se bem que… a Grécia vale a pena em qualquer época do ano, rsrs.

Enfim… como fui em janeiro, mesmo não sendo tão frio como o resto da Europa, eu fiquei somente em Atenas… mas, já foi o suficiente para eu querer, ainda mais, voltar no verão e aproveitar além da capital, as ilhas como, Mykonos Santorini.

Eu fiquei dois dias e meio na cidade. Foi um tempo bacana! Consegui conhecer tudo o que tinha vontade, fui para balada e fiz compras, rsrs.

Comecei o passeio pela famosa Acrópole. Esse cartão postal do país, fica a cima do nível da cidade, o que dá aos visitantes uma incrível visão de Atenas. A Acrópole é do século 5 a. C. e foi construída como proteção militar da cidade… e depois passou a ser um centro religioso.

Na Acrópole, a ruína mais famosa é o Parthenon, que foi construído em homenagem a Deusa Atena. Sua construção demorou cerca de 15 anos para ser totalmente finalizada. Ele tinha 46 colunas que se inclinavam para dentro, oferecendo uma melhor iluminação solar ao local. O Parthenon também foi o símbolo da vitória dos gregos sobre os persas. No século 17, ele começou a ser saqueado e ficou como o conhecemos hoje em dia. Achei incrível.

Outra ruína muito conhecida que fica dentro da Acrópole são as Cariátides… aquelas famosas estátuas femininas. As estátuas sustentavam o telhado do Erechtheum, que foi um templo religioso de 420 a. C.

Mas, é importante falar que as Cariátides que estão por lá são apenas réplicas. Os originais estão no Museu da Acrópole. Além das estátuas, o museu, que é muito antigo – foi montado em 1874 -, conta com acervo incrível.

Portão Beulé é a entrada da Acrópole. E, a Propylaia é outra passagem para chegar onde estão as ruínas. A Propylaia foi construída entre 437 e 432 a. C. e destruída em uma batalha em 1687. Atualmente ela está restaurada.

Dentro da Acrópole também ficam o Teatro de Herodes Atticus; o Templo de Atenas Nike, que homenageia a Deus da vitória, Nike; e o Dionysus, de 326 a. C. e com capacidade para 17 mil pessoas.

Ahhhh… é importante falar que a entrada da Acrópole é paga, mas todo domingo, entre novembro e março, a visita é gratuita.

Ali perto da Acrópole está a Ágora Antiga. Lá é onde ficava o mercado antigo de Atenas e onde as pessoas realizavam assembleias. Na Ágora se encontram várias ruínas – muitas de diferentes épocas-, mas, os monumentos mais conhecidos são o Templo de Hephaestus e Stoa de Attlos. Por lá fica também o Museu de Ágora, com peças encontradas no local e o Karamokos, um cemitério daquele tempo.

É importante falar que o ingresso da Acrópole dá direito a conhecer a Ágora Antiga. Mas, para quem não tem, o bilhete custa cerca de 4 euros.

Outro lugar que você pode visitar usando o mesmo bilhete da Acrópole é o Templo de Zeus Olímpico. Mas, para quem não guardou o bilhete, a entrada do local custa 2 euros.

O Templo de Zeus Olímpico foi o maior tempo grego, com 104 colunas, de 17 metros cada uma. Hoje em dia existem somente 16 dessas colunas, mas, já é o suficiente para ter uma ideia de quão grandioso era o local.

No Templo fica também o Arco de Adriano, com o escrito “Essa cidade é de Adriano, e não de Teseu”. Adriano mandou construir esse arco para “separar” as duas épocas – a dele e do antigo imperador (Teseu).

É interessante falar que o Templo começou a ser construído em 6 A. C. e só foi concluído 700 anos depois… por isso tantos diferentes imperadores “passaram” pelo local.

Também próximo da Acrópole fica o Pnyx, uma espécie de praça, onde a população se reunia para decidir democraticamente o futuro da cidade. O Pnyx, que é uma espécie de anfiteatro, tinha capacidade para cerca de 10 mil pessoas. E, ali pertinho do Pnyx, fica o Areópagus, a antiga corte de justiça do mundo.

Para quem gosta de filosofia, um lugar muito interessante de visitar, que, infelizmente, não consegui ir (minha amiga de viagem ficou meio gripada) é a Academia de Platão.

A Academia, que foi criada em 387 a. C., funcionou até 529 d. C, pois nessa época um decreto passou a proibir o ensinamento de filosofia em toda a Grécia. Com isso, a Academia só foi reaberta durante o Renascimento.

Agora, três pontos interessantes da história. Primeiro: como muita gente sabe, Platão foi aluno de Sócrates e professor de Aristóteles. Segundo: para quem não sabe, alguns estudiosos já falaram que Platão inventou Sócrates, pois o filósofo tem tantas histórias sobre seu mestre, que algumas pessoas acreditam que ele não existiu.

E por último:  por causa do sucesso e reconhecimento que a Academia ganhou, toda a escola europeia de ciência e literatura passou a ser denominada Academia também.

Continuando… Outro lugar que gostei bastante em Atenas foi o Museu Arqueológico Nacional. Ele traz esculturas, joias, cerâmicas, moedas… tudo dos templos gregos. Nesse museu estão obras bem conhecidas, como a Máscara de Agamemnon, as estátuas de Poseidon e de Afrodite e a cabeça de Zeus… entre outros!! O museu também é pago, mas, me lembro que não é muito caro e tem bilhete para estudante!


E, a cidade também tem outros museus muito conhecidos, como o Museu Benaki, o Museu Nicholas P. Goulandris de Arte Cíclade e Grega Antiga, o Museu Numismático e o Museu de Arte Islâmica.

Na época não estava em uma “pegada museu”, então não dei muita atenção para eles, mas tenho muitaaaa vontade de vista-los, principalmente o primeiro. O Museu Nicholas, que foi inaugurado em 1930, conta, por meio de objetos e obras de arte, toda a história do helenismo… desde o tempo neolítico até os dias de hoje.

Já, o Museu Nicholas P. Goulandris de Arte Cíclade e Gerga Antiga conta com dois acervos… um sobre o povo cíclade e o segundo traz a arte grega antiga.

O terceiro museu que citei, o Numismático, é outro que também tenho bastante vontade de conhecer. É uma espécie de museu da moeda. Segundo falam, o museu tem mais de 450 mil diferentes moedas, porém nem todas estão expostas ao público. Ele traz em sua coleção moedas e medalhões dos períodos helênicos, romano, bizantino, medieval e moderno.

E, o último museu, o de Arte Islâmica, como o nome já fala, tem uma coleção, de 13 séculos, sobre a atividade artística e cultural islâmica. Vale falar que esse museu pertence a “rede artística” Benaki (junto com primeiro museu que falei).

Como toda cidade turística, Atenas também tem suas praças. As mais populares da cidade são a Praça Syntagma e a Praça Omonia. Ambas com cafés, restaurantes e bares para os visitantes relaxar e aproveitar um tempo pelo local.

E, é na Praça Syntagma que fica o Parlamento, onde tem troca de guarda a cada uma hora. Não é nada como a troca de guarda do Palácio de Buckingham, mas é legal! (para quem gosta disso… eu acho meio “cansativo”, rsrs)

É legal falar também que o prédio do Parlamento foi a residência do primeiro rei grego, Otto e, somente no 1924, foi transformado na sede parlamentar.


Ali no lado do Parlamento e da Praça Syntagma está o Jardins Nacionais. Ótimo para passear e relaxar!! Eu adoro parques e jardins. Sempre vou em algum ou alguns quando faço minhas viagens!

Perto do Jardins fica o Panathinaikon, o Estádio de Atenas, que sediou os primeiros Jogos Olímpicos da nossa Era, em 1896. Eu achei beeem legal esse passeio.


Não posso esquecer de falar que em Atenas encontramos vários Monumentos Otomanos espalhados pela cidade. Entre eles estão a Mesquita Tzistaraki, de 1759; os Antigos Banhos Turcos, local que as pessoas se encontravam no período de domínio otomano; e as ruínas do Seminário Muçulmano, onde ficavam localizadas a escola e a mesquita muçulmana, que foi construída em 1721 e destruída em um incêndio em 1911.

Tenho que falar ainda de um lugar que não conheci por que só fiquei sabendo sobre ele depois, mas tenho muitaaa vontade de visitar. O Monte Lykavittos é o mais alto morro de Atenas. A cidade tem sete morros e o Monte Lykavittos tem 278 metros de altura e oferece uma visão incrível de Atenas. Não se paga nada para conhece-lo, mas, se você não quiser chegar até ele a pé, tem um funicular que te ajuda a poupar energia (valor 2,50 euros). Esse é um lugar que quando eu voltar para Atenas, certeza que vou visitar.

É legal falar ainda sobre o bairro Keremikos, que se formou em volta de um sítio arqueológico. Antigamente lá era uma espécie de cemitério, por isso na rua das Tumbas (famosa rua do bairro), ainda encontramos muitos objetos funerários. Por lá também fica o Rio Eridanu; os portões Dipylon e o Portão Sagrado, que ficavam nas muralhas de Atenas (construídas em 478 a.C); e o Museu Keremikos, com objetos encontrados nos antigos cemitérios e demais escavações realizadas na região.

Ahh… Não posso esquecer de falar sobre a região do Plaka, o centro histórico de Atenas. A região é meio o que você imagina sobre a cidade… com ruas labirínticas e cheia de casinhas brancas. Além de vários bares, restaurantes e lojas, pois é um local muito turístico, por lá também se encontra monumentos das épocas clássicas, romana e otomana.

Atenas também tem igrejas. Eu não visitei todas elas, mas, para quem tem vontade, as mais conhecidas na cidade são a Catedral de Atenas, de 1862; a Antiga Catedral, do século 12; e a Agia Apostalia, que é a igreja mais antiga da cidade… de 1000 a 1025 a.C.

Para quem gosta de sair a noite, o bairro mais movimentado de Atenas é o Psiri, com muitos bares e baladas. Nesse bairro se encontra a rembetika, famosa música grega. Eu achei bem legal a noite ateniense.

Bom… é isso! Atenas é uma cidade maravilhosa!! Estou me programando passar o verão nas ilhas gregas, mas sem dúvida, vou dar um novo pulo na capital do país.

Texto e fotos by Flávia Pigozzi.

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