Seguro viagem – Fazer ou não fazer?

Você finalmente conseguiu fechar aquela viagem que tanto queria e sonhou… combinou suas férias com as da esposa, dos filhos (ou com os amigos, ou com alguém especial que você sempre quis que estivesse ao seu lado neste momento)… encontrou um valor para o aéreo, que nem o aumento do dólar ou do euro poderiam estragar… o hotel é aquele lugar encantado, aconchegante, confortável, com um café da manhã mágico (não, não é cheio daquele pó da Sininho, a amiga “anã” do Peter Pan…)… todos os passeios que você sempre quis fazer fazem parte do pacote… e mais, seu agente de viagens foi capaz de, por um custo absolutamente ridículo, incluir o aluguel de um carro que nem era tão necessário, mas que deixará a viagem com um gostinho ainda mais especial… você não consegue segurar a ansiedade da espera pelo dia da viagem… sua família ou seus parceiros de viagem não falam em outra coisa… toda a família (a parte que não vai) foi avisada… seu vizinho ficará de olho na sua cacatua de estimação… e você só precisa preparar a bagagem… até preparou uma listinha do que não esquecer… daquilo que não pode carregar em sua bagagem de mão… toda a documentação ajeitada, todos os contratos, vouchers, tickets, entradas, reservas e mais uma tonelada de papeis estão naquela sua bolsa especial… seus cartões de crédito foram avisados, um pouco de dinheiro guardadinho naquelas bolsas que ficam sobre a roupa… enfim, toda a parte burocrática da sua viagem dos sonhos está engatilhada, tudo pronto para a realização de todo seu planejamento…

Mas sabe aquela sensação que você tem, quando pensa que esqueceu de colocar alguma coisa na bagagem? Aquele gostinho de “esqueci alguma coisa importante” que vai te perseguir por um tempo… até o momento em que você poderá verificar toda a bagagem, ou simplesmente dar de ombro e assumir que nada poderá estragar esse período especial… as sonhadas férias por aquele lugar que você sonhou durante muito tempo… você seria capaz de reler o primeiro parágrafo com muita calma e descobrir o que foi esquecido? Vamos lá, eu dou um tempo para que você procure e reflita, antes de continuar a leitura desse texto… não tenha vergonha… vá em frente… te espero no próximo parágrafo…

E aí, como foi? Sucesso absoluto? Ou será que você não percebeu que talvez faça falta uma das coisas mais importantes das suas férias… o pouco valorizado “seguro viagem”!!! Ahhh… mas qual a chance de acontecer alguma coisa naqueles poucos dias que você decidiu tirar para descansar? Por que é que eu me preocuparia com isso? Afinal de contas, só de pensar na chance de acontecer alguma coisa pode atrair a má sorte… então, deixa esse assunto para lá…

Bom, não é bem assim… se o seu destino é a Europa, por exemplo, você só poderá entrar no continente se tiver um seguro mínimo de 30 mil euros (ao menos nos países que fazem parte do Tratado de Schengen – Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Irlanda, Islândia, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Suécia e Suíça)… Cuba é outro destino que exige o seguro saúde… e para a Austrália existe a exigência do seguro para estudantes…

Mas, então, por que é que eu estou trazendo esse assunto à tona? Por que encher a cabeça dos leitores com um custo que talvez não seja necessário… se você é daqueles que adoram um “SE” acontecer, “SE” eu precisar, “SE” a sorte não ajudar, saiba que em questões emergenciais, o “SE” não joga… é a lei de Murphy, meu caro… mesmo que sejam as férias da sua vida… algo que você não verá pelos próximos 10 anos… se algo que tiver que dar errado, muito provavelmente dará… e fora de casa, tudo o que você não precisa, é de dor de cabeça para conseguir grana para algo que não estava planejado…

Dentro do Brasil, seu convênio muitas vezes será suficiente, mas se ele nem é lá grande coisa, então eu investiria um extrinha em um seguro viagem… fora do país, é um grana muito bem gasta… capaz de valer cada centavinho caso a sorte (ou a falta dela) decida viajar com você e seus queridos… para fora do país existem excelentes opções, como os seguros da Mondial, ou o Travel Ace (o melhor, na minha opinião)… você pode contratar qualquer um deles no ato do fechamento do pacote, ou posteriormente…

Cinco anos atrás, eu decidi levar minha mãe e uma das minhas irmãs para uma viagem que eu já tinha feito tantas vezes… eu acreditava que precisava dar-lhes essa experiência… todas as etapas foram bem planejadas, e apesar do histórico médico da minha irmã, nunca imaginamos que passaríamos o apuro que passamos… fato é que no segundo dia de nossa viagem, ela teve uma crise devido a um câncer no cérebro, que nem desconfiamos que existisse e, fora do país (estávamos no Chile), o pânico se instaurou pela surpresa do acontecido… tivemos uma aula de humanidade, cidadania, civilidade, e hospitalidade que pretendo contar em um outro texto, mas o seguro foi fundamental para diminuir um pouco o nosso desconforto… ah, mas o seguro só serve para situações feias como a minha? se eu mantenho meu check-up em dia, por que devo me preocupar? por causa de outros acidentes diversos… um braço quebrado, um pé quebrado, um mal estar num lugar que talvez não devesse ter acontecido… se você vai para lugares muito movimentados, ou para praticar algum esporte (esquiadores e praticantes de esportes radicais de plantão), ficar sem seguro pode ser uma péssima ideia…

O seguro costuma pagar a emergência (pronto socorro), o tempo na UTI, e mais a hospedagem e os gastos de um acompanhante… o atendimento (do seguro viagem) costuma ser em português (caso esteja fora do país), e é sempre de primeiríssima linha… e o custo, dentro de um pacote de viagens, ridiculamente pequeno…

Muito muito muito importante lembrar de ler todos os detalhes do contrato para saber exatamente o que está sendo contratado, e não ser pego em detalhes das letras pequenas. Até mesmo para saber a extensão do plano contratado.

Então, por que arriscar? Na sua próxima viagem, já sabe por onde começar… o primeiro item do seu check-list de viagem deve ser um seguro viagem… e pra te ajudar um pouco nessa procura, você pode consultar valores, e até fechar seu seguro com a Real Seguros, que é parceira aqui do blog. Basta clicar no link aqui do texto, ou na aba da Real aqui no lado direito da postagem ou em qualquer página do nosso blog.

Em tempo… alguns cartões de crédito oferecem seguro para viagem, mas sua cobertura costuma não ser grande coisa, além disso, muitos conhecidos que optaram por esse tipo de seguro acabaram pagando todos os procedimentos para avaliação posterior, e em mais de 6 meses, não obtiveram resposta, arcando com todos os custos.

Também não vá pensando que só porque você contratou um seguro que poderá escalar o Everest só com as mãos… muitos seguros não cobrem práticas de esportes radicais, por isso vale ter muita atenção nas cláusulas do serviço contratado.

Pessoas acima dos 60 anos também pagam um extra, mas não é muito mais… vale o custo, vai por mim…

Alguns seguros também oferecem extras, como no caso de bagagem extraviada ou desaparecida. Os valores costumam variar de companhia para companhia, por isso, vale a pesquisa. Inclua-se aqui outros serviços, como hospedagem para acompanhante, serviço de ambulância, aéreo para acompanhante, enfim… vale esclarecer tudo isso no momento da contratação, e sair de casa tranquilo, não é mesmo???

E você, tem alguma situação especial em que o seguro viagem foi muito importante? Costuma dispensar o serviço por causa do custo ou considera importante em todas as suas viagens? Compartilhe com a gente.

Texto by Ricardo Seripierro.

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